''Se quiser que eu veja algo, não me aponte, faça a ponte..!''

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Homenagem ao Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência

Hoje, 21 de setembro é o Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência. Um dia escolhido para mostrar o quanto somos capazes... Derrubar barreiras não é uma tarefa fácil. Destruir conceitos pré-estabelecidos menos ainda. Sabemos o quão árduo é o caminho para se trilhar a inclusão. Um trajeto cheio de obstáculos, mas também repleto de conquistas. Afinal, os desafios fazem parte da vida de gente de coragem, escudo daqueles que buscam a felicidade. Gente que deseja ser feliz em uma sociedade justa, igual e humana. Sem deixar de ser colorida, diversificada e inclusiva. Feita de pessoas que gostam de gente ousada, persistente. E por que não, diferente?
Gente que sai de casa todos os dias para encarar um mundo sem acessos. Gente que quer mostrar a sua capacidade independente do que os outros pensam. Gente que não se importa com obstáculos físicos. Enfrenta o preconceito, a pior de todas as barreiras. Gente que sempre tem um sorriso nos lábios e no coração, disfarçando a dor da desigualdade, da segregação. Gente com deficiência. E com muita eficiência. Gente que sonha com a melhoria da vida do outro.
Àqueles que ousaram acessos antes inalcançáveis, saibam que ainda podemos muito mais. De tijolo em tijolo, vamos derrubar muralhas e conquistar enfim a sociedade que tanto sonhamos: igual, acessível e justa. 
Hoje, somos 45,6 milhões de pessoas com deficiência - visual, física, auditiva, intelectual, múltipla - em um Brasil ainda longe de nossas expectativas. Mas, a última década foi decisiva para provarmos o quanto somos capazes para cobrar por nossos direitos e nos fazermos não só visíveis, mas participativos, produtivos e, acima de tudo, cidadãos em busca de autonomia.
Neste Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência, o grito é nosso.


terça-feira, 11 de setembro de 2012

Caneta que fala valor do dinheiro para deficientes visuais é produzida no AM

Projeto será testado e caneta poderá ser vendida por menos de R$ 100.
Além disso, caneta reproduzirá audiolivros e auxiliará no ensino de idiomas.


Nova caneta falante vai identificar valor do dinheiro para deficientes visuais (Foto: Divulgação / Pentop)

Nova caneta falante vai identificar valor do dinheiro para deficientes visuais (Foto: Divulgação/Pentop)
Pesquisadores amazonenses estão propondo o lançamento de uma caneta falante que facilitaria o manuseio de dinheiro, acesso à educação, informação, lazer, entre outras tarefas, para deficientes visuais. A caneta vai passar por testes e depois de pronta poderá ser vendida por um valor estimado de R$ 99.
De acordo com os inventores da caneta, Danielle e Marivaldo Albuquerque, o projeto tem o objetivo de resolver o problema da identificação de cédulas de dinheiro para as pessoas com deficiência visual. "Por meio do projeto, pretendemos desenvolver uma codificação para ser aplicada a cada cédula de dinheiro no momento de sua produção e que será reconhecida por uma caneta falante Pentop, que falará ao cego o valor de cada cédula", explicou Danielle.
Ainda segundo ela, a codificação vai funcionar como uma espécie de código de barras invisível, impresso em toda a extensão de cada nota. Um software será desenvolvido especialmente para identificar esses códigos impressos na nota e emitir um som falado referente ao seu valor. Além da identificação das notas, o software também vai tocar músicas e reproduzir audiolivros no formato MP3, ler a alfabetização em Braille, auxiliar no ensino de idiomas e nas atividades escolares e dométicas como a identificação de objetos como CDs, livros, DVDs, remédios, roupas e outros.
Caneta segue o modelo das canetas falantes comuns, mas um software vai identificar valor do dinheiro, além de reproduzir músicas, audiolivros e outras mídias (Foto: Divulgação / Pentop)
 
Caneta será como canetas falantes comuns, mas software identificará valores (Foto: Divulgação/Pentop)
Marivaldo explicou que o projeto está sendo desenvolvido no laboratório de uma empresa que já fabrica canetas falantes em Manaus, onde notas sem valor comercial são confeccionadas com arte visual própria e codificadas para a sonorização e identificação utilizando as canetas falantes.
O processo de desenvolvimento é o mesmo utilizado para os livros, etiquetas e guias turísticos sonorizados já disponíveis no mercado, segundo Marivaldo. "Para esta prototipação, produzimos uma quantidade de kits compostos por canetas falantes, notas de dinheiro sem valor e etiquetas sonorizadas, que serão utilizadas pela Biblioteca Braille do Amazonas para a realização de testes, com os associados, assim como a Casa da Moeda", disse.

Fonte: g1.globo.com/amazonas

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Seminário visa discutir acessibilidade nas obras relacionadas às Olimpíadas 2016

Acima, a representação visual do projeto finalizado do velódromo para as Olimpíadas 2016


Foi realizado em junho, o seminário sobre Acessibilidade e Desenho Universal Jogos Rio2016 e Legado, oferecido pela Empresa Olímpica Municipal (EOM), em parceria com a Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência (SMPD). A mesa foi composta pela presidente e gerente de acessibilidade da Empresa Olímpica Municipal, Maria Silvia Bastos e Verônica Camisão,respectivamente, da secretária da SMPD, Georgette Vidor e pela coordenadora do Comitê de Acessibilidade em Edificação da Associação Brasileira de Norma Técnicas (ABNT), Adriana de Almeida Prado. O intuito era discutir acessibilidade e trocar conhecimento, ideias e experiências.
“É extremamente importante este seminário, este encontro, porque as obras estão acontecendo de forma rápida, e apesar da qualidade dos projetos, ainda existem erros na finalização. Então, a gente está aqui para entender a importância de uma obra 100% funcional e propagar conhecimento”, completa Georgette.
Dividido em 5 partes (Desenho Universal: Conceito, Coerência e Aplicação; Ações Governamentais para a Cidade Inclusiva; Jogos Olímpicos e Paralímpicos e a Cidade; Oportunidades para Acessibilidade Arquitetônica e Urbanística; e Transporte Acessível: Experiências e Propostas), o evento recebeu mais de 70 profissionais de arquitetura e engenharia.
Para a Verônica Camisão, da EOM, é preciso projetar todas as realizações urbanísticas da cidade visando a inclusão, e não adaptá-las depois. “A questão da acessibilidade é um processo e não um projeto”, explica.
Gagaça Cavalheiro, arquiteta da SMPD, diz que a falta de capacitação é a grande dificuldade para as novas obras. “A falta de arquitetos capacitados para realizar obras que realmente atendem as regras de acessibilidade é a maior dificuldade encontrada pelos responsáveis. Portanto, esse seminário é imprescindível”. A data dos novos seminários serão divulgadas em breve.

Fonte: Prefeitura do Rio de Janeiro

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Rio+20: ONU usa projeto de acessibilidade do Brasil como parâmetro para futuros eventos


Projetar e reorganizar espaços públicos com mais segurança e adequados para a utilização de todo o público – esse é o conceito básico da acessibilidade. Pensando nisso, o Comitê Nacional de Organização da Rio+20 (CNO) não mediu esforços para que a Conferência aconteça de forma mais participativa e inclusiva. A partir do projeto redigido pelo Brasil, a ONU passará a adotar novos parâmetros de acessibilidade em suas futuras conferências.







Segundo o secretário nacional do CNO, Laudemar Aguiar, o Brasil têm, aproximadamente, 45 milhões de pessoas com algum graude deficiência, o que representa 23,9% da população brasileira. 

Entre as medidas adotadas para garantir a participação e inclusão de todos na Conferência estão: 
  • Legendas em tempo real em português e inglês durante os debates;
  • Áudiodescrição e interpretação em Língua de Sinais (Libras e Sinais Internacionais);
  • Impressoras em Braile, sob demanda;
  • Atendimento especializado para pessoas com deficiência;
  • Voluntários com conhecimento de Libras;
  • Transporte coletivo, como ônibus e metrô adaptados;
  • Plano de sinalização com piso tátil para alertar deficientes visuais e com baixa visão de obstáculos existentes.
Na web também foram adotadas medidas de acessibilidade. O site da Rio+20 foi desenvolvido seguindo as diretrizes mais modernas, com o uso do sistema eMAG-3 que auxilia a navegação de deficientes visuais e auditivo.
Comitê Nacional de Organização da Rio+20, com apoio dos Governo Federal e Estadual do Rio de Janeiro, acredita que as medidas de acessibilidades contribuirão para a ampla participação da população. A ideia é que, no futuro, a acessibilidade remova obstáculos logísticos e operacionais para que os indivíduos participem plenamente das conferências internacionais.
“Que essa mobilização sirva como uma campanha educativa. A ideia é que daqui a cinco anos não seja necessário explicar o que é acessibilidade, pois ela já fará parte de nós”, disse Laudemar Aguiar.

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Aplicativo para celular desenvolvido na USP guia deficientes visuais por GPS

Três alunos do Instituto de Matemática e Estatística (IME) da USP desenvolveram o aplicativo para celulares Smart Audio City Guide, que ajuda deficientes visuais a se locomoverem pela cidade. O trabalho rendeu aos estudantes Renata Claro, Gabriel Reganati e Thiago Silva, do último ano em Bacharelado em Ciência da Computação, o terceiro lugar na Imagine Cup, um concurso de inovação promovido pela Microsoft.
O Smart Audio City Guide é um sistema que utiliza informações geolocalizadas e GPS, sendo alimentado por qualquer usuário da rede, de maneira colaborativa. Qualquer um que possua o aplicativo pode enviar e receber informações sobre determinadas localidades, que são transmitidas na forma de áudio. Por exemplo, pode-se enviar a informação " aqui há um orelhão" para o sistema, que registra a localidade. Na próxima vez que um usuário do aplicativo estiver passando pelo mesmo local, ele recebe a informação enviada anteriormente. O usuário também pode receber as informações ao tocar a tela do aparelho em qualquer ponto. Veja aqui um vídeo demonstrativo do aplicativo.
MicrosoftBrasil
Imagine Cup 2012 - Categoria Software - Equipe Wonders
O projeto, que começou a ser desenvolvido em novembro de 2011, foi orientado pelo professor Marco Aurélio Gerosa, do IME, e também recebeu a colaboração do professor Artur Rozestraten, da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU), que alertou para a dificuldade de mobilidade urbana no grupo de deficientes visuais e sugeriu o desenvolvimento de sistemas móveis conjugando informações em áudio georeferenciadas. O aplicativo é gratuito para os usuários, que só precisam baixá-lo em seu aparelho. Por causa da competição, promovida pela Microsoft, o Smart Audio City Guide foi desenvolvido para Windows Phone, mas está sendo aperfeiçoado para ficar mais acessível e para que seja disponibilizado em outros aparelhos.
Segundo Gabriel Reganati, um dos membros da equipe Wonders, o sistema ainda precisa ser aprimorado. Thiago Silva, também da equipe, conta que o sistema já funciona, mas hoje possui um servidor limitado. Desse modo, um maior número de usuários poderia sobrecarregá-lo e ele sairia do ar. Por causa disso, os estudantes estão aperfeiçoando o aplicativo e pretendem colocá-lo para download até o fim do ano. Os idealizadores do Smart Audio City Guide pensam em financiar o projeto com incentivo de empresas vinculadas a ONGs da área, além da publicidade por meio da informação (isto é, poderiam recomendar estabelecimentos mais acessíveis para o público-alvo do aplicativo).
Imagine Cup
Das 81 equipes do Brasil inscritas no concurso, cinco se classificaram para a final, que aconteceu em Brasília, no dia 3 de maio. Os estudantes do IME contam que não esperavam ficar entre os finalistas, inclusive por causa do pouco tempo desenvolvendo seu projeto. Para Reganati, " a premiação foi um reconhecimento enorme do nosso trabalho, pudemos conhecer muita gente" . Renata Claro concorda: " Tivemos um crescimento profissional muito grande por causa do prêmio. Além disso, o concurso nos deu uma boa visibilidade. Ficamos muito felizes, porque todos os projetos eram muito bons" , diz.

terça-feira, 29 de maio de 2012

A importância do piso tátil


   Se o lugar não está pronto para receber TODAS as pessoas, este lugar está deficiente.
O que é?
   Piso Tátil é o piso diferenciado com textura e cor sempre em destaque com o piso que estiver ao redor. Deve ser perceptível por pessoas com deficiência visual e baixa visão, e tem a função de orienta-los.
   Pode parecer abstrato para as pessoas que enxergam, mas para o deficiente visual e a pessoa com baixa visão este piso é fundamental para dar autonomia e segurança no dia a dia!
Existem dois tipos de piso tátil: piso tátil de alerta e piso tátil direcional
   O piso tátil de alerta é conhecido popularmente como “piso de bolinha”. Sua função, como o próprio nome já diz, é alertar. Por isso é instalado em início e término de escadas e rampas; em frente à porta de elevadores; em rampas de acesso às calçadas ou mesmo para alertar quanto a um obstáculo que o deficiente visual não consiga rastrear com a bengala. A cor contrastante serve para auxiliar a pessoa que tem baixa visão.
   A função do piso tátil direcional é direcionar e orientar o trajeto. Em locais amplos onde não tem ponto de referência que seja detectado com a bengala, o piso tátil direcional serve como guia direcional, como mostra a foto ao lado.
   O excesso deste piso ou a colocação em locais inadequados pode confundir e atrapalhar a locomoção.
   Não há necessidade que todos saibam as características técnicas dos pisos táteis, porém é importante que todos saibam as suas funções básicas e a sua importância.
   Quem quiser saber mais, basta consultar a Norma de Acessibilidade NBR 9050/2004 ou mesmo ficar mais atento quando caminhar por alguns locais da cidade que já tem esse piso.
   É de extrema importância que um estabelecimento seja acessível a todos, inclusive para seu próprio benefício, já que passará a ser bem mais frequentado...
   infelizmente aqui em GV são pouquissimos os locais em que houve a preocupação com a acessibilidade para nós que também somos cidadãos como todos. tanto que as fotos acima não são dessa cidade. Mas esperamos a compreenção de todos, pois queremos um dia poder frequentar os estabelecimentos sem limitação...

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Emprego X Deficiente


   A reunião de hoje do Ministério Público do Trabalho com as empresas e entidades de GV sobre o cumprimento da lei de cotas trabalhistas para pessoas com deficiência, foi bastante proveitosa. Foram expressos e debatidos diversos aspectos a respeito.
   A Lei nº. 7.853, de 1989, e o artigo 93 da Lei nº. 8.213, de 1991, e o Decreto nº. 3.298, de 1999 e Decreto nº. 5.296, de 2004, tratam da inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho, no qual as empresas com até 200 empregados devem preencher 2% de seus cargos com portadores de deficiência (ou reabilitados pela Previdência Social), as empresas de 201 a 500 empregados, 3%, de 501 a 1.000 empregados, 4% e mais de 1.000 empregados, 5%. Para efeito das referidas normas, as empresas devem contratar pessoas portadoras de deficiência física, auditiva, visual ou mental. O objetivo é a inclusão destes no mercado de trabalho.
   A falta de oportunidade é um dos rostos da exclusão social, fere e, não muito raro impede a dignidade humana. Questões como estas: em que medida essa sociedade é acessível aos deficientes; como lhes é útil e lhes dá possibilidade de agir pessoalmente de forma responsável; em que medida cria e facilita laços de solidariedade? a justiça zela para que todas as pessoas tenham seus direitos reconhecidos e cumpram seus deveres, tenham o suficiente para levar uma vida autônoma, digna, responsável, participem da vida da sociedade e usufruam dos frutos do trabalho de todos, não sofram de qualquer discriminação e tenham acesso a informação, à cultura, a saúde, a educação básica e continuada.         
      Um entrave para a inserção do deficiente ao mercado de trabalho é o Benefício de Prestação Continuada (BPC), que é um auxilio da Previdência Social, em muitos casos a familia ou a própria pessoa com deficiência tem medo de deixar o benefício para trabalhar já que infelizmente o preconceito de empresas ou colegas de trabalho ainda está em alta - o que consequentemente, em alguns casos gera acomodação do deficiente a este auxílio. O fato de a pessoa ter uma deficiência e necessitar dos benefícios concedidos pela assistência social não pode impedir a busca por sua formação e qualificação profissional para o ingresso no mundo do trabalho remunerado. Ainda mais atualmente, que se tem a possibilidade de reverter ao BPC.
   Algumas empresas tem resistido ao cumprimento das normas com base no argumento de que a qualificação da maioria desses profissionais é baixo - consequentemente, temem perder competitividade. A pirâmide organizacional requer cargos com exigências menos acentuadas, de modo que, excluindo o preconceito e a discriminação e aplicando o bom senso em conjunto com a responsabilidade social, não há como deixar passar despercebida as deficiências que em nada (ou quase nada) interferem no desenvolver de muitas atividades.
   A experiência tem demonstrado que, com as dificuldades do mercado de trabalho, ainda maiores para os profissionais deficientes, é pura vantagem competitiva a contratação destes profissionais nas organizações. Com muita dedicação, eles desempenham suas atividades, estão sempre dispostos a cumprir metas, objetivos, ordens e solicitações em geral e o absentismo é quase inexistente. Os esforços destes profissionais refletem no aumento da qualidade e da produtividade e corroboram com o marketing social.
   A admissão destes profissionais deve avaliar as deficiências que melhor se adequam às atividades da empresa, ao cargo que será ocupado e, principalmente, ao complexo organizacional como um todo. Uma visão empresarial e de marketing nesta oportunidade também é interessante. Isso porque a sociedade percebe com facilidade atitudes empresariais voltadas às políticas sociais, inclusive clientes e demais empregados que acabam envolvidos no clima, que não é apenas de dedicação e de orgulho, tão pouco por parte apenas destes profissionais.
   A resistência nestas contratações, muitas vezes, pode ser resultado do desconhecimento do que seja um deficiente. A legislação referida prevê diversas formas de deficiência, abrangendo desde deficiências mínimas que passam quase despercebidas chegando-se a casos que dependem da adoção de procedimentos e apoios especiais para a contratação.
   Assim, se o empregado foi contratado na vigência do citado decreto, bastará apenas a formalização exigida pelo Ministério do Trabalho para que seja incluído na cota - o que confirma o entendimento de que há deficiências que pouco ou nada interferem no desenvolver de determinados cargos. Seu recrutamento deverá seguir as mesmas normas de admissão nos termos da legislação trabalhista e previdenciária. Havendo dificuldades, as entidades representativas possuem cadastro de pessoas com deficiência.
   Aos resistentes, o Ministério do Trabalho e Emprego pode propor ação pleiteando o preenchimento da vaga.
   Estas considerações são fundamentais para que se examine o panorama do deficiente sob a ótica do Direito do trabalho.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

ANATOMIA DO OLHO












ANATOMIA EXTERNA DO OLHO

Os olhos localizam-se em duas cavidades ósseas denominadas órbitas. As órbitas alojam os olhos, seus músculos, nervos, vasos sangüíneos, tecido adiposo (gordura) e grande parte do aparelho lacrimal.
O globo ocular (olho) tem forma ovalada, ocupa 1/3 da cavidade orbitária e mede cerca de 24 mm de diâmetro antero-posterior, podendo ser maior ou menor.É preciso estar atento ao tamanho, brilho, cor e transparência das diversas estruturas do olho. Os dois olhos devem ser do mesmo tamanho, as pálpebras devem fechar totalmente e abrir o suficiente para a criança enxergar, sem a necessidade de assumir posições viciosas com a cabeça.

As estruturas anatômicas visíveis do olho são:

Esclera: membrana responsável pela proteção do olho;

Córnea: corresponde à parte transparente do olho; é a superfície de maior poder de refração do olho, ponto inicial da convergência que visa formar a imagem na retina;

Pupila: controla a entrada e a quantidade de estímulos luminosos; para cumprir esta função ela se dilata em ambientes com pouca luz e se contrai em ambientes luminosos;

Íris: O disco colorido dos olhos; através de seus músculos, a pupila se dilata e se contrai;

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ANATOMIA INTERNA DO OLHO











As estruturas anatômicas internas do olho:

Cristalino :é a lente dos olhos. É um citosistema altamente organizado que se localiza entre a íris e o humor vítreo.

Humor vítreo: é a substância gelatinosa e viscosa, formada por uma substância amorfa semilíquida, fibras e células.

Esclerótica: “branco do olho”, é recoberta por uma membrana transparente e brilhante denominada conjuntiva, a qual também reveste a face interna das pálpebras.

Retina: é uma parte do olho responsável pela formação de imagens, ou seja, pelo sentido da visão. É como uma tela onde se projetam as imagens: retém as imagens e as traduz para o cérebro através de impulsos elétricos enviados pelo nervo óptico.

Nervo óptico: tem função exclusivamente sensitiva. Transporta as sensações visuais do olho para o cérebro (penetrando no crânio pelo canal óptico).

Mácula:é um ponto ovalado de cor amarela junto ao centro da retina do olho humano.É onde se encontra a maior densidade de células cone do olho, responsáveis pela visão de cores. Essa alta densidade de cones faz com que a mácula seja o ponto do olho onde enxergamos com a maior clareza e definição.

Os anexos do olho:

Têm o objetivo de proteger e dar movimento aos olhos. São representados por: sobrancelhas, pálpebras, cílios, conjuntiva, aparelho lacrimal, músculos extrínsecos e corpo adiposo orbitário.
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FISIOLOGIA DO OLHO

O olho é um órgão do aparelho visual, altamente especializado e fotossensível que, associado às vias ópticas e aos centros visuais, compõe as estruturas sensoriais responsáveis pelo processamento dos estímulos visuais.
Os olhos transmitem constantes correntes de imagens para o cérebro por sinais elétricos. Eles recebem informações através de raios luminosos. Quando olhamos um objeto, os raios luminosos refletidos penetram nossos olhos. A luz é refratada pela córnea e passa através do humor aquoso, pupila e cristalino. A íris controla a entrada de luz. A lente focaliza a luz através do humor vítreo na retina, formando uma imagem inversa e invertida.
Na retina, células sensíveis à luz transmitem a imagem para o cérebro através de sinais elétricos. O cérebro “vê” a imagem reta.A retina é a estrutura mais interna. É uma membrana de múltiplas camadas de tecido neural, firmemente fixa a uma única camada de células epiteliais pigmentadas, que por sua vez, é ligada à membrana de Bruch. Sua extremidade anterior é presa ao epitélio pigmentar. Posteriormente, o nervo óptico fixa a retina à parede do globo. Sua espessura varia entre 0,1 e 0,23 mm. Ela é mais delgada na fóvea – o centro da mácula.A retina é composta de um delicado tecido altamente organizado, constituído de 10 camadas histológicas, dentre elas, os cones, responsáveis pela visão de cores e pela visão de detalhes (por exemplo, a leitura), e os bastonetes, responsáveis pela visão em preto e branco e pela visão periférica (orientação e mobilidade).

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Bengala amiga

   A bengala, mundialmente, é o símbolo dos deficientes visuais, e de uma forma ou de outra se voce é deficiente visual, seja baixa visão ou cego, terá contato com ela.
   Eu, sendo portadora de baixa visão ou visão subnormal, como voce preferir, não me julgava precisar desse instrumento para auxiliar minha percepção. Entretanto, quando comecei a perceber que atividades como atravessar ruas movimentadas por exemplo, que antes eram tarefas mais fáceis, se tornaram um desafio... Não que a impaciência das pessoas com relação as limitações alheias estivessem aumentando, mas que não tinha em minhas mãos um símbolo que caracterizasse minha querida deficiência.
   A partir desse fato, resolvi adquirir uma bengala, no inicio por curiosidade, já que não queria enxergar sua precisão. Queria ver como era, se seria fácil me adaptar a ela, etc... Não acho que seja uma coisa linda eu passeando de bengala por aí, mas se é ela que me possibilita um pouco mais de liberdade, autonomia e respeito, quem sou eu pra recusar.
   Os primeiros passos com ela foram muito estranhos, um misto de medo e vergonha. Ainda estou em processo de adaptação, embora eu tenha que confessar que sou teimosa, e não utilizo-a tanto como deveria, não por preconceito a ela, é esse hábito de arriscar que não me larga. Mas nós ja estamos até amigas, não andamos juntas o tempo todo mas, os desafios de caminhar pelas ruas e avenidas movimentadas de GV, nós encaramos juntas.

quarta-feira, 16 de maio de 2012

ORIGEN

Antes, viviamos cada um no seu canto, mergulhados sob nossas limitações, desacreditando que em algum lugar haveria pessoas partilhando dos mesmos desafios... Até que um dia Deus resolveu iluminar um ser chamado Thelma Lúcia Falcão, que apesar de não ter nada a ver com deficiência visual em sua história, escolheu trabalhar com isso e se dispõs a lutar pela nossa calsa, fundando assim a ADEVISA. Então, através dela, aos poucos fomos nos encontrando e nos conhecendo. A partir daí descobrimos que não estamos mais sozinhos, e sempre podemos contar uns com os outros, encontramos na ADEVISA uma familia. E como familia que somos, lutaremos juntos para fazer valer os nossos direitos...