''Se quiser que eu veja algo, não me aponte, faça a ponte..!''

terça-feira, 29 de maio de 2012

A importância do piso tátil


   Se o lugar não está pronto para receber TODAS as pessoas, este lugar está deficiente.
O que é?
   Piso Tátil é o piso diferenciado com textura e cor sempre em destaque com o piso que estiver ao redor. Deve ser perceptível por pessoas com deficiência visual e baixa visão, e tem a função de orienta-los.
   Pode parecer abstrato para as pessoas que enxergam, mas para o deficiente visual e a pessoa com baixa visão este piso é fundamental para dar autonomia e segurança no dia a dia!
Existem dois tipos de piso tátil: piso tátil de alerta e piso tátil direcional
   O piso tátil de alerta é conhecido popularmente como “piso de bolinha”. Sua função, como o próprio nome já diz, é alertar. Por isso é instalado em início e término de escadas e rampas; em frente à porta de elevadores; em rampas de acesso às calçadas ou mesmo para alertar quanto a um obstáculo que o deficiente visual não consiga rastrear com a bengala. A cor contrastante serve para auxiliar a pessoa que tem baixa visão.
   A função do piso tátil direcional é direcionar e orientar o trajeto. Em locais amplos onde não tem ponto de referência que seja detectado com a bengala, o piso tátil direcional serve como guia direcional, como mostra a foto ao lado.
   O excesso deste piso ou a colocação em locais inadequados pode confundir e atrapalhar a locomoção.
   Não há necessidade que todos saibam as características técnicas dos pisos táteis, porém é importante que todos saibam as suas funções básicas e a sua importância.
   Quem quiser saber mais, basta consultar a Norma de Acessibilidade NBR 9050/2004 ou mesmo ficar mais atento quando caminhar por alguns locais da cidade que já tem esse piso.
   É de extrema importância que um estabelecimento seja acessível a todos, inclusive para seu próprio benefício, já que passará a ser bem mais frequentado...
   infelizmente aqui em GV são pouquissimos os locais em que houve a preocupação com a acessibilidade para nós que também somos cidadãos como todos. tanto que as fotos acima não são dessa cidade. Mas esperamos a compreenção de todos, pois queremos um dia poder frequentar os estabelecimentos sem limitação...

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Emprego X Deficiente


   A reunião de hoje do Ministério Público do Trabalho com as empresas e entidades de GV sobre o cumprimento da lei de cotas trabalhistas para pessoas com deficiência, foi bastante proveitosa. Foram expressos e debatidos diversos aspectos a respeito.
   A Lei nº. 7.853, de 1989, e o artigo 93 da Lei nº. 8.213, de 1991, e o Decreto nº. 3.298, de 1999 e Decreto nº. 5.296, de 2004, tratam da inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho, no qual as empresas com até 200 empregados devem preencher 2% de seus cargos com portadores de deficiência (ou reabilitados pela Previdência Social), as empresas de 201 a 500 empregados, 3%, de 501 a 1.000 empregados, 4% e mais de 1.000 empregados, 5%. Para efeito das referidas normas, as empresas devem contratar pessoas portadoras de deficiência física, auditiva, visual ou mental. O objetivo é a inclusão destes no mercado de trabalho.
   A falta de oportunidade é um dos rostos da exclusão social, fere e, não muito raro impede a dignidade humana. Questões como estas: em que medida essa sociedade é acessível aos deficientes; como lhes é útil e lhes dá possibilidade de agir pessoalmente de forma responsável; em que medida cria e facilita laços de solidariedade? a justiça zela para que todas as pessoas tenham seus direitos reconhecidos e cumpram seus deveres, tenham o suficiente para levar uma vida autônoma, digna, responsável, participem da vida da sociedade e usufruam dos frutos do trabalho de todos, não sofram de qualquer discriminação e tenham acesso a informação, à cultura, a saúde, a educação básica e continuada.         
      Um entrave para a inserção do deficiente ao mercado de trabalho é o Benefício de Prestação Continuada (BPC), que é um auxilio da Previdência Social, em muitos casos a familia ou a própria pessoa com deficiência tem medo de deixar o benefício para trabalhar já que infelizmente o preconceito de empresas ou colegas de trabalho ainda está em alta - o que consequentemente, em alguns casos gera acomodação do deficiente a este auxílio. O fato de a pessoa ter uma deficiência e necessitar dos benefícios concedidos pela assistência social não pode impedir a busca por sua formação e qualificação profissional para o ingresso no mundo do trabalho remunerado. Ainda mais atualmente, que se tem a possibilidade de reverter ao BPC.
   Algumas empresas tem resistido ao cumprimento das normas com base no argumento de que a qualificação da maioria desses profissionais é baixo - consequentemente, temem perder competitividade. A pirâmide organizacional requer cargos com exigências menos acentuadas, de modo que, excluindo o preconceito e a discriminação e aplicando o bom senso em conjunto com a responsabilidade social, não há como deixar passar despercebida as deficiências que em nada (ou quase nada) interferem no desenvolver de muitas atividades.
   A experiência tem demonstrado que, com as dificuldades do mercado de trabalho, ainda maiores para os profissionais deficientes, é pura vantagem competitiva a contratação destes profissionais nas organizações. Com muita dedicação, eles desempenham suas atividades, estão sempre dispostos a cumprir metas, objetivos, ordens e solicitações em geral e o absentismo é quase inexistente. Os esforços destes profissionais refletem no aumento da qualidade e da produtividade e corroboram com o marketing social.
   A admissão destes profissionais deve avaliar as deficiências que melhor se adequam às atividades da empresa, ao cargo que será ocupado e, principalmente, ao complexo organizacional como um todo. Uma visão empresarial e de marketing nesta oportunidade também é interessante. Isso porque a sociedade percebe com facilidade atitudes empresariais voltadas às políticas sociais, inclusive clientes e demais empregados que acabam envolvidos no clima, que não é apenas de dedicação e de orgulho, tão pouco por parte apenas destes profissionais.
   A resistência nestas contratações, muitas vezes, pode ser resultado do desconhecimento do que seja um deficiente. A legislação referida prevê diversas formas de deficiência, abrangendo desde deficiências mínimas que passam quase despercebidas chegando-se a casos que dependem da adoção de procedimentos e apoios especiais para a contratação.
   Assim, se o empregado foi contratado na vigência do citado decreto, bastará apenas a formalização exigida pelo Ministério do Trabalho para que seja incluído na cota - o que confirma o entendimento de que há deficiências que pouco ou nada interferem no desenvolver de determinados cargos. Seu recrutamento deverá seguir as mesmas normas de admissão nos termos da legislação trabalhista e previdenciária. Havendo dificuldades, as entidades representativas possuem cadastro de pessoas com deficiência.
   Aos resistentes, o Ministério do Trabalho e Emprego pode propor ação pleiteando o preenchimento da vaga.
   Estas considerações são fundamentais para que se examine o panorama do deficiente sob a ótica do Direito do trabalho.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

ANATOMIA DO OLHO












ANATOMIA EXTERNA DO OLHO

Os olhos localizam-se em duas cavidades ósseas denominadas órbitas. As órbitas alojam os olhos, seus músculos, nervos, vasos sangüíneos, tecido adiposo (gordura) e grande parte do aparelho lacrimal.
O globo ocular (olho) tem forma ovalada, ocupa 1/3 da cavidade orbitária e mede cerca de 24 mm de diâmetro antero-posterior, podendo ser maior ou menor.É preciso estar atento ao tamanho, brilho, cor e transparência das diversas estruturas do olho. Os dois olhos devem ser do mesmo tamanho, as pálpebras devem fechar totalmente e abrir o suficiente para a criança enxergar, sem a necessidade de assumir posições viciosas com a cabeça.

As estruturas anatômicas visíveis do olho são:

Esclera: membrana responsável pela proteção do olho;

Córnea: corresponde à parte transparente do olho; é a superfície de maior poder de refração do olho, ponto inicial da convergência que visa formar a imagem na retina;

Pupila: controla a entrada e a quantidade de estímulos luminosos; para cumprir esta função ela se dilata em ambientes com pouca luz e se contrai em ambientes luminosos;

Íris: O disco colorido dos olhos; através de seus músculos, a pupila se dilata e se contrai;

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ANATOMIA INTERNA DO OLHO











As estruturas anatômicas internas do olho:

Cristalino :é a lente dos olhos. É um citosistema altamente organizado que se localiza entre a íris e o humor vítreo.

Humor vítreo: é a substância gelatinosa e viscosa, formada por uma substância amorfa semilíquida, fibras e células.

Esclerótica: “branco do olho”, é recoberta por uma membrana transparente e brilhante denominada conjuntiva, a qual também reveste a face interna das pálpebras.

Retina: é uma parte do olho responsável pela formação de imagens, ou seja, pelo sentido da visão. É como uma tela onde se projetam as imagens: retém as imagens e as traduz para o cérebro através de impulsos elétricos enviados pelo nervo óptico.

Nervo óptico: tem função exclusivamente sensitiva. Transporta as sensações visuais do olho para o cérebro (penetrando no crânio pelo canal óptico).

Mácula:é um ponto ovalado de cor amarela junto ao centro da retina do olho humano.É onde se encontra a maior densidade de células cone do olho, responsáveis pela visão de cores. Essa alta densidade de cones faz com que a mácula seja o ponto do olho onde enxergamos com a maior clareza e definição.

Os anexos do olho:

Têm o objetivo de proteger e dar movimento aos olhos. São representados por: sobrancelhas, pálpebras, cílios, conjuntiva, aparelho lacrimal, músculos extrínsecos e corpo adiposo orbitário.
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FISIOLOGIA DO OLHO

O olho é um órgão do aparelho visual, altamente especializado e fotossensível que, associado às vias ópticas e aos centros visuais, compõe as estruturas sensoriais responsáveis pelo processamento dos estímulos visuais.
Os olhos transmitem constantes correntes de imagens para o cérebro por sinais elétricos. Eles recebem informações através de raios luminosos. Quando olhamos um objeto, os raios luminosos refletidos penetram nossos olhos. A luz é refratada pela córnea e passa através do humor aquoso, pupila e cristalino. A íris controla a entrada de luz. A lente focaliza a luz através do humor vítreo na retina, formando uma imagem inversa e invertida.
Na retina, células sensíveis à luz transmitem a imagem para o cérebro através de sinais elétricos. O cérebro “vê” a imagem reta.A retina é a estrutura mais interna. É uma membrana de múltiplas camadas de tecido neural, firmemente fixa a uma única camada de células epiteliais pigmentadas, que por sua vez, é ligada à membrana de Bruch. Sua extremidade anterior é presa ao epitélio pigmentar. Posteriormente, o nervo óptico fixa a retina à parede do globo. Sua espessura varia entre 0,1 e 0,23 mm. Ela é mais delgada na fóvea – o centro da mácula.A retina é composta de um delicado tecido altamente organizado, constituído de 10 camadas histológicas, dentre elas, os cones, responsáveis pela visão de cores e pela visão de detalhes (por exemplo, a leitura), e os bastonetes, responsáveis pela visão em preto e branco e pela visão periférica (orientação e mobilidade).

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Bengala amiga

   A bengala, mundialmente, é o símbolo dos deficientes visuais, e de uma forma ou de outra se voce é deficiente visual, seja baixa visão ou cego, terá contato com ela.
   Eu, sendo portadora de baixa visão ou visão subnormal, como voce preferir, não me julgava precisar desse instrumento para auxiliar minha percepção. Entretanto, quando comecei a perceber que atividades como atravessar ruas movimentadas por exemplo, que antes eram tarefas mais fáceis, se tornaram um desafio... Não que a impaciência das pessoas com relação as limitações alheias estivessem aumentando, mas que não tinha em minhas mãos um símbolo que caracterizasse minha querida deficiência.
   A partir desse fato, resolvi adquirir uma bengala, no inicio por curiosidade, já que não queria enxergar sua precisão. Queria ver como era, se seria fácil me adaptar a ela, etc... Não acho que seja uma coisa linda eu passeando de bengala por aí, mas se é ela que me possibilita um pouco mais de liberdade, autonomia e respeito, quem sou eu pra recusar.
   Os primeiros passos com ela foram muito estranhos, um misto de medo e vergonha. Ainda estou em processo de adaptação, embora eu tenha que confessar que sou teimosa, e não utilizo-a tanto como deveria, não por preconceito a ela, é esse hábito de arriscar que não me larga. Mas nós ja estamos até amigas, não andamos juntas o tempo todo mas, os desafios de caminhar pelas ruas e avenidas movimentadas de GV, nós encaramos juntas.

quarta-feira, 16 de maio de 2012

ORIGEN

Antes, viviamos cada um no seu canto, mergulhados sob nossas limitações, desacreditando que em algum lugar haveria pessoas partilhando dos mesmos desafios... Até que um dia Deus resolveu iluminar um ser chamado Thelma Lúcia Falcão, que apesar de não ter nada a ver com deficiência visual em sua história, escolheu trabalhar com isso e se dispõs a lutar pela nossa calsa, fundando assim a ADEVISA. Então, através dela, aos poucos fomos nos encontrando e nos conhecendo. A partir daí descobrimos que não estamos mais sozinhos, e sempre podemos contar uns com os outros, encontramos na ADEVISA uma familia. E como familia que somos, lutaremos juntos para fazer valer os nossos direitos...